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Taxa de desocupação de escritórios em Luanda aumenta 13% em 2023

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Entre 2022 e 2023 a taxa de desocupação do mercado imobiliário no segmento de escritórios subiu ligeiramente, para números próximos dos 13,41% cerca de 159.290 metros quadrados (m2), ou seja, ficaram disponíveis mais 36.080 m2.

Como curiosidade, verificam-se números muito próximos em Luanda e Talatona nas suas taxas de desocupação (em termos técnicos, vacancy rate) desses mercados, nos 13,5%, respectivamente. A Abacus indica que, mais uma vez, não foram entregues ao mercado as Torres Kianda, com mais de 90.000 m2 de escritórios, tendo cerca já cerca de 80% das áreas colocadas.

O espaço de escritórios na província de Luanda é hoje de 1,3 milhões de metros quadrados. De acordo com estudo.

Para já, não estarão previstas outras incorporações no stock em 2024, o que faz com que os analistas do mercado acreditem que tudo dependerá do crescimento de economia angolana. A vacancy rate está hoje  na Grande Luanda, onde aproximadamente 120.000 m2 estão desocupados. Isto equivale aproximadamente 13,35%, tendo se verificado um ligeiro aumento relativamente de 11% do ano anterior. Em Talatona, o stock em fim de 2023 manteve-se inalterado nos 438.300 m2.

A zona prime de escritórios em Luanda, designada internacionalmente por CDB (Central Business District) situa-se na baixa, Marginal de Luanda e Praia do Bispo. Nesta, encontram-se localizados os principais departamentos governamentais, sede de bancos e seguradoras (sobretudo ligados ao sector petrolífero) de onde é expectável que não venham a sair, continuando a ser localização preferida.

A zona central, que delimita a zona prime, como a localização eleita para instalação de algumas empresas que por posicionamento, não necessitam de estar no CBD, encontrando-se aí sede de alguns bancos, seguradoras, muitas empresas de média dimensão.

O total do espaço de escritórios de Luanda atingiu um valor de 898.880 m2, com entrada em 2023 de apenas 8.880 m2 de novos escritórios, confirmando-se assim que o mercado de promoção imobiliária de escritórios está completamente sem actividade.

Os pesquisadores reconhecem que Talatona já não é mais designada como a zona de expansão de escritórios de Luanda e é hoje uma localização consolidada como escolha de muitas empresas pelo conjunto de infra-estruturas que oferece. Talatona dispõe de um stock de escritórios com aproximadamente 438.000 m2. Salienta-se que uma parte significativa destes edifícios oferece uma construção produzida com a legislação internacional no que diz respeito às normas de construção, projecto e segurança, para responder às rígidas exigências do universo de grandes empresas, sobretudo do sector petrolífero.

Em 2023, dizem os especialistas, confirmou-se a completa ausência do funcionamento do mercado de escritórios, em linha com o comportamento da economia. A lógica é simples, não há crescimento, não há absorção de escritórios, não há promoção/construção imobiliária, para toda a cadeia de valor. É assim esperado que o stock total (Luanda e Talatona), se mantenha inalterado, tudo dependendo da entrada das Torres Kianda, que caso não se confirme, o stock deverá continuar como no fim de 2023.

O stock de Luanda continuará a corresponder cerca de 67,0% do total de espaços de escritórios e Talatona, com aproximadamente 438.300 m2, a cerca de 33,0%. Em relação a 2023, ficaram disponíveis no mercado mais 36.080 m2. 

Fonte: Expansão

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