O cenário da Centralidade do Capari não ‘esquiva’ muito à realidade dos ‘musseques’: roupa estendida à entrada dos edifícios, residências vandalizadas, oficinas que surgem nas zonas verdes e de lazer e alteração das características dos imóveis sem passar pelo ‘crivo’ das autoridades. A lista de irregularidades no projecto habitacional é extensa: casas transformadas em cantinas, esplanadas, escritórios de advogados, creches e salões de beleza.
Assim, para pôr cobro a esta situação, a Comissão de Gestão da Centralidade do Capari criou uma equipa técnica que está a fazer o levantamento de todas as ilegalidades e trazer de volta a ‘patente’ de projecto habitacional.
“O Governo está a trabalhar com a fiscalização. Já se criou um grupo técnico para fazermos esses trabalhos e fecharmos com todo esse problema que temos aqui na Centralidade do Capari”, garantiu um membro da Comissão de Gestão daquela unidade habitacional.
Aliás, do leque de infracções apuradas na Centralidade do Capari constam ainda moradores que realizam trespasses, renda e venda dos apartamentos antes da compra efectiva das moradias ao Fundo de Fomento Habitacional (FFH)
Vale realçar que, Capari é a primeira Centralidade a ser construída no Bengo, com mais de quatro mil apartamentos do tipo T3, estando cerca de 20 mil pessoas a residir.
E os números de habitações no país….
De acordo com os dados do Ministério de Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH), o Estado construiu 350 mil moradias, distribuídas em centralidades, urbanizações e habitações sociais.
A nível de centralidades, como avançou o MINOPUH no seu 1º Conselho Consultivo, o Governo ergueu 29, repartidas em 96 mil habitações, beneficiando 546 mil pessoas.
Apesar do número de habitações erguidas pelo Executivo, o ‘fogo’ por uma moradia no país ainda continua ‘aceso’, estando o défice habitacional estimado em mais de 2,2 milhões de residências.
POR: REDAÇÃO
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