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Construção: 7 em cada 10 obras estavam paralisadas no IV trimestre de 2023

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No último trimestre do ano passado, 73% das obras estavam paralisadas em todo o País, ou seja, sete em cada 10 obras encontram-se estagnadas no IV trimestre de 2023, indicam dados do Inquérito Trimestral de Avanço e Acompanhamento dos Edifícios em Processo de Construção (ITAEPC), do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta semana.

Esta percentagem é, no entanto, inferior à observada no III trimestre do mesmo ano, em que 77% das 3.125 obras visitadas pelo INE em todo o País estavam paralisadas, num total de 2.404, o que demonstra que houve algum avanço, embora tímido, em algumas obras estagnadas.

De acordo com o relatório, nos três últimos meses do ano passado, foram visitadas 3.523 obras, das quais 964 estavam em processo de construção e 2.559 encontravam-se paralisadas. Por outro lado, o INE indica ainda que houve um aumento de 34% nas obras em processo de construção entre o III e IV trimestre de 2023.

Estes números demonstram uma ligeira tendência de retoma do sector da construção, tendo em conta que entre Abril e Setembro do ano passado as obras em construção haviam registado uma queda na ordem dos 17%. No entanto, ainda é demasiado cedo para aferir que houve um aumento no investimento no sector da construção, na medida em que a maioria dos empresários do ramo continua a reclamar a falta de abertura dos bancos para dar seguimento dos seus projectos.

As dificuldades da classe acentuam-se mais ainda devido à crise económica e à inflação galopante que afecta a classe empresarial nacional. A província de Luanda lidera as obras em construção com 40,25%, seguida do Huambo com 17,32%, Cuanza Sul com 6,74%, Lunda Sul com 6,43% e Bié com 6,33%.

Se analisarmos pela óptica das obras que estão paralisadas no País, a província de Benguela lidera claramente este ranking com 27,28%, que corresponde a 698 obras que estão paradas, sendo que na província o INE só identificou 14 obras que estão em processo. No universo de obras paradas segue-se a província da Huíla com 13,60%, Cabinda com 13,09% do total, Luanda com 7,62,02% e Cuando Cubango com 6,45%.

Fonte: Expansão.

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