Ao contrário do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que decidiram fazer cortes nas respetivas taxas de juro de 60 e 50 pontos base, respetivamente , os bancos centrais de Inglaterra, China, Japão e Angola optaram por manter as taxas de juro diretoras inalteradas.
No caso do Banco de Inglaterra, a decisão de manter as taxas de juro diretoras no Reino Unido em 5% é justificada com o facto da inflação homóloga britânica estar em 2,2%, acima da meta estabelecida (2%). A instituição tinha reduzido o preço do dinheiro em agosto de 5,25% para 5%, mas decidiu agora não fazer outro corte.
O governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, afirmou na rede social X que as pressões inflacionistas “continuaram a diminuir desde a redução das taxas de juro em agosto” e que se a economia continuar a evoluir conforme o esperado as taxas de juro irão “reduzir gradualmente ao longo do tempo”.
“Mas é vital que a inflação permaneça baixa, pelo que temos de ter cuidado para não cortar demasiado depressa ou demasiado”, acrescentou.
Também o banco central da China anunciou a manutenção da taxa de juro de referência em 3,35%, o que acontece pelo terceiro mês consecutivo.
Após ter mantido a taxa de juro em 3,45% desde agosto de 2023, o banco central efetuou uma redução inesperada de 10 pontos base e julho, para 3,35%, embora os analistas a tenham considerado insuficiente para fazer grande diferença na atividade económica.
Já no caso do Japão, o banco central anunciou que vai manter as taxas de juro de referência no curto prazo em 0,25%, depois de um aumento no final de julho ter feito subir a moeda nipónica.
O conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu por unanimidade deixar intacta a estratégia, tendo em conta que a economia “continua a recuperar, embora com algumas fragilidades”, e a evolução da inflação, referiu a entidade em comunicado.
Em março, a instituição começou a normalizar a política monetária, pondo fim a mais de uma década de taxas negativas, e anunciou um segundo aumento no final de julho. Na altura, o banco central alertou que a política monetária ia estar condicionada pela estabilização da inflação na ordem dos 2%.
O mesmo cenário verificou-se em Angola, tendo o banco central angolano decidido manter a taxa básica de juro, conhecida como taxa BNA, em 19,5% e as taxas de juro de cedência de liquidez em 20,5% e de absorção de liquidez em 18,5%.
O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, disse que essas decisões se justificam pela necessidade de manutenção de condições monetárias adequadas à desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na economia angolana e de redução das pressões inflacionistas no curto prazo.
Por: Redação
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