A Organização Meteorológica Mundial, adstrita às Nações Unidas, publicou, neste mês de setembro, um relatório segundo o qual os países africanos perdem em média 2% a 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na gestão dos efeitos climáticos, e muitos deles canalizam até 9% do seu orçamento para este fim.
“Na ausência de medidas adequadas, até 118 milhões de pessoas afectas à pobreza extrema poderão ficar expostas à secas, inundações e calor extremo em África até 2030”, alertou aquele organismo das Nações Unidas no seu mais recente documento, realçando por outro lado que o continente africano está a sofrer as alterações climáticas de forma “desproporcional”.
De acordo com o estudo, a África é um dos continentes menos poluentes, mas, também, é uma das regiões no mundo que mais suportam os efeitos adversos impostos pelas alterações climáticas.
No entanto, para acudir estes efeitos, o continente berço tem beneficiado de alguma atenção financeira do qual o Egipto foi o país que maior apoio obteve em 2023, refere o estudo recente de um grupo de Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMD).
Esforços envidados por alguns países africanos para construir estratégias ambiciosas de combate ao aquecimento global estão a surtir efeitos, resultando num financiamento substancial, avançou o Le360.
Entretanto, o Egipto, a África do Sul e a Etiópia lideram a lista de países beneficiários de financiamento ‘verde’.
Só no ano passado, por exemplo, o Egipto recebeu 2,019 mil milhões de dólares, a África do Sul, 1,672 mil milhões USD e a Etiópia, 1,392 mil milhões em financiamentos.
A seguir a este grupo no ‘top 10’ no continente, vêm Marrocos em 4.º lugar com 1,195 mil milhões de dólares; o Quénia em 5.º com 1,115 mil milhões; a Costa do Marfim em 6.º com 1,064 mil milhões; a Nigéria, 7.º com 1,023 mil milhões; a Tanzânia em 8.º com 1,015 mil milhões; o Senegal em 9.º com 897 milhões de dólares e a República Democrática do Congo em 10.º com 885 milhões USD, respectivamente.
Por: Redação
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