A ministra da Economia do Reino Unido, Rachel Reeves, anunciou uma nova medida que vai fazer com que os preços das rendas de habitação social subam acima da inflação nos próximos cinco anos. A proposta orçamental irá a consulta esta semana, sendo que a medida em causa pode ser prorrogada para 10 anos.
Reeves pretende, desta forma, aumentar o custo das rendas tendo por base a inflação, que está atualmente nos 1,7%, e, além disso, acrescentar mais um ponto percentual adicional, o que equivaleria a um aumento de 2,7% no preço do arrendamento social.
Segundo a governante, o Reino Unido atravessa uma “crise habitacional que destruiu comunidades e abrandou o crescimento económico do país”. “Criámos uma geração excluída do mercado imobiliário”, afirmou. Com esta medida, pretende-se oferecer mais financiamento, segurança e garantias às pequenas entidades locais e associações de habitação sem fins lucrativos, que afirmam estar endividadas.
Polly Neate, presidente executiva da Shelter England, uma instituição de caridade de habitação, vê este possível aumento de forma positiva, dado o aumento do número de sem-abrigo na Grã-Bretanha. “Na última década, perdemos mais habitações sociais do que aquelas que construímos”, o que fez com que “as rendas privadas disparassem para níveis recorde e que a ‘fatura’ do alojamento para sem-abrigo atingisse milhares de milhões”.
500 milhões de libras para nova habitação acessível
Por outro lado, Rachel Reeves anunciou também uma nova medida que visa alocar 500 milhões de libras (600 milhões de euros) à construção de novas casas acessíveis no país.
Este montante junta-se ao ‘Programa Casas Acessíveis 2021 a 2026’, que já acumulou 11,5 mil milhões de libras (quase 14 mil milhões de euros) destinadas à construção de novas casas a preços acessíveis.
Créditos: Idealista. pt
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