Portugal deu um passo importante na modernização da construção civil ao apresentar, em Matosinhos, a primeira obra pública feita com tecnologia de impressão 3D, soube o NIA.
O edifício, com 500 metros quadrados, será a nova sede do projeto ReCircular, que se dedica à reciclagem de resíduos eletrónicos e à inclusão de pessoas com incapacidade. A construção está a ser realizada pela startup portuguesa Havelar, vencedora de um concurso público promovido pela Câmara Municipal de Matosinhos, com um investimento de 800 mil euros.
A obra foi iniciada no Ecocentro de Perafita e deverá estar concluída em cinco meses. A estrutura principal foi impressa em apenas sete dias, com recurso a uma impressora 3D de grande escala desenvolvida pela empresa dinamarquesa COBOD, parceira da Havelar. O projeto conta com o apoio técnico do grupo de investigação DIGI@FEUP, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, liderado pelos professores Bárbara Rangel e Jaime Cunha.
A tecnologia permite construir diretamente no local, com menos trabalhadores, menos desperdício e menor impacto ambiental. Os materiais usados, como betão, terra e argila, substituem o cimento tradicional, ajudando a reduzir a emissão de carbono e a aumentar a segurança no estaleiro.
Segundo José Maria Ferreira, CEO da Havelar, esta tecnologia pode mudar o setor da construção em Portugal. A empresa já tinha construído, em 2024, a primeira casa impressa em 3D do país — um T2 de 90 metros quadrados impresso em apenas 18 horas.
Com esta nova obra pública, Portugal avança para uma construção mais rápida, económica e sustentável, com potencial para responder às necessidades habitacionais das autarquias e da população.
Fonte: Jornal de Negócios.
Por: José Leandro
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