À margem da Reunião dos Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Angola participou na IIª Conferência de Energia da CPLP, realizada no Auditório da Galp, em Cascais, Portugal, que decorre de 27 a 28 de Maio de 2025, soube o NIA de fonte governamental.
O certame reune representantes governamentais, instituições multilaterais, empresas do sector energético e organizações da sociedade civil dos Estados-membros da Comunidade.
Durante a Sessão Ministerial, subordinada ao tema “Políticas Públicas como Incentivo à Transição Energética Resiliente, Sustentável e Inclusiva”, o Secretário de Estado para a Energia de Angola, Arlindo Bota Manuel Carlos, apresentou uma visão abrangente sobre o estado actual e futuro do sector eléctrico nacional.
O Secretário de Estado salientou que, graças a grandes infra-estruturas como Laúca e Cambambe, após o seu reforço de capacidade, Angola atingiu, até 2024, uma taxa de produção de energia eléctrica de fonte fiável, limpa e acessível de 64%, consolidando a sua posição como referência regional em matéria de sustentabilidade energética. Referiu ainda o contributo dos parques fotovoltaicos, que representam 4% da matriz energética nacional, evidenciando o compromisso do país com as energias renováveis.
Reconhecendo que a geração de energia é apenas parte do desafio, Arlindo Carlos destacou os esforços que o país tem empreendido na expansão das infra-estruturas de transporte e distribuição, sublinhando que Angola segue uma estratégia nacional centrada na transição energética resiliente, sustentável e inclusiva.
“A robustez do nosso sistema eléctrico, assente em infra-estruturas de produção limpa de electricidade, dentre as quais, os Aproveitamentos Hidroeléctricos de notável escala implementados com esforço público, como são Laúca, Cambambe e outros, permite que Angola caminhe com segurança rumo à sustentabilidade energética. Estamos a garantir acesso, estabilidade e responsabilidade ambiental, em plena sintonia com os objectivos definidos no seio da CPLP”, afirmou.
“A CPLP é uma plataforma estratégica de cooperação, que permite aos Estados-membros alinhar esforços e partilhar objectivos económicos e energéticos comuns. É um espaço institucional que deve ser continuamente reforçado para impulsionar o desenvolvimento sustentável da nossa Comunidade”, acrescentou.
A conferência contou com a participação do Primeiro-Ministro de São Tomé, Américo Ramos, de Ministros e altos responsáveis pelos sectores da energia dos países da CPLP, incluindo Brasil, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Portugal, Guiné Equatorial e Timor-Leste. Participaram ainda entidades internacionais como a Agência Internacional de Energia (IEA), Banco Mundial, Fundo Verde para o Clima, PNUD e o Banco Africano de Desenvolvimento.
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