Projetos de requalificação têm essa grande participação do sector privado, quando a população está economicamente ativa e o financiamento habitacional funciona.
Com esse cenário, parte da própria requalificação é feita pelo sector privado, devido à apetência por construir nos terrenos bem localizados e que terão grande procura pelos empreendimentos que lá serão erguidos.
Então o próprio empresário permuta obras de requalificação nos bairros por troca em terrenos.
Como o sector imobiliário não está organizado e não estão formadas as condições de um ambiente propício aos negócios, o que veremos é somente gasto do Estado, melhorando sim as condições dos bairros, mas sem grande investimento privado.
Caso o ambiente imobiliário estivesse propício: (Lei de Alienação Fiduciária, bonificação real dos juros, baixa dos custos emolumentares, baixa do IVA para os materiais de construção, isenção do imposto industrial para empresas que promovessem imóveis sociais, criação de um modelo de contrato com força de escritura, certificação das empreiteiras, surgimento dos cartórios privativos, mudança das instalações da Conservatória Predial, criação de um fundo para uso em bonificação dos juros ou financiamento habitacional), aí sim teríamos grande participação do sector empresarial nas requalificações.
O que veremos é o Estado gastar mais dinheiro do que poderia, quando esse mesmo Estado, com a participação empresarial, poderia requalificar mais bairros.
Cleber Correa-Proimóveis.
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