Dados apurados junto aos mercados informais dão conta que o preço médio do saco de cimento passou de 3.200 kzs para os actuais 5.400 kzs que na prática significa um crescimento de quase 70%, variação homóloga para o I semestre de 2024, segundo o Jornal Expansão.
Em comparação com o I semestre de 2023, os preços dos materiais de construção civil cresceram 24,3% com o cimento a registar a maior subida com 55,6%.
Outros produtos que são a base da construção das habitações, como os blocos que registaram um incremento de 15,6%, com um crescimento preocupante nos últimos quatro meses, em que o acumulado mensal foi de quase 8%, mais de metade do crescimento do último ano.
Esta é uma tendência com o valor mensal mais alto precisamente em Junho.
A análise daquilo que se entende como produtos básicos, pode estender-se desde a Areia (12,3%), Abobadilha (16,4%), Burgau (17,7%) e Tijolos (17,7%). Relativamente a este último, assistiu-se a um fenómeno semelhante aos Blocos – não deixam de ser dois produtos relacionados – em que nos últimos quatro meses o aumento dos preços foi mais acentuado, 11% no acumulado mensal, 62% do total do crescimento no último ano.
Já a categoria do Aço, onde se juntam os varões e tubos de aço e a malhassol, o crescimento nos últimos seis meses de 2023, foi mais acentuado, sendo que este ano, com excepção de Maio, o aumento dos preços mensais esteve sempre abaixo de 1%.
Depois do cimento, no universo estudado pelo Instituto Nacional de Estatística, INE, as categorias que mais cresceram foram as Tintas (28,9%), os preços passaram a ter crescimentos mensais acima dos 20% desde Março deste ano, e os Vernizes (37,5%), com os maiores incrementos mensais na taxa homóloga, entre Outubro e Dezembre de 2023, com valores que oscilaram, entre os 41,5% e os 43,2%.
Destacar também o aumento dos preços da categoria Madeira e Contraplacado (21,2%) e Vigas, Vigotas e Ripas (15,6%). Tal como em outras categorias, a evolução da inflacção homóloga mês a mês, percebe-se que o rítmo de crescimento de preços tem vindo a aumentar desde Março, o que indicia uma tendência de crescimento que pode penalizar o sector neste segundo semestre de 2024.
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