Os preços das casas novas na China caíram pelo 18.º mês consecutivo, em novembro, embora a queda ocorra a um ritmo mais lento do que no mês anterior, face às medidas governamentais de apoio ao setor. Os preços em 70 cidades selecionadas caíram 0,2% em relação ao mês anterior, de acordo com os cálculos feitos com base nos números divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês, que refletiram uma contração de 0,51% em outubro. Entre as localidades mencionadas, 49 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 63 em outubro, e 17 – incluindo algumas grandes cidades como Xangai e Shenzhen – registaram aumentos, um salto significativo em relação ao mês anterior (sete). Os cálculos feitos com base nos dados do GNE também refletem uma redução de 0,35% no preço das casas em segunda mão em novembro, depois de terem caído 0,48% no mês anterior. No caso deste tipo de imóveis, 58 das 70 cidades registaram descidas, dois mantiveram-se ao mesmo nível de outubro e 10 registaram subidas. A instituição estatística também anunciou os dados sobre o investimento em promoção imobiliária entre janeiro e novembro, que mostram uma queda de 10,4%, uma descida 0,1%, mais profunda do que a registada até outubro. O GNE indicou que as vendas de propriedades comerciais medidas pela área útil caíram 14,3% entre janeiro e novembro. Embora se trate ainda de uma queda significativa, reflete também novamente uma tendência de recuperação relativa: as duas leituras anteriores tinham sido de 17,1% e 15,8%. Nas últimas semanas, as autoridades chinesas continuaram a anunciar medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. Em novembro, o Governo anunciou novas políticas fiscais para estabilizar o mercado imobiliário, e as principais cidades, como Pequim e Xangai, tomaram a iniciativa de anunciar reduções de impostos sobre as habitações de luxo para impulsionar o mercado. Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é a crise do setor imobiliário, cujo peso no produto interno bruto (PIB) chinês, somando os fatores indiretos, foi estimado em cerca de 30%, segundo alguns analistas. Fonte: Idealista
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