Preocupados com o elevado índice de crimes ambientais, principalmente queimadas, desflorestação e caça furtiva, as autoridades tradicionais da Lunda-Norte defenderam recentemente, um maior engajamento no combate aos crimes ambientais no seio das comunidades locais.
Em declarações prestadas ao Jornal de Angola, o representante da Corte Real do rei Lunda Cokwe, Mwene Mwatchissengue Wa Tembo, Soba Henrique Muandumba referiu que a época de cacimbo por exemplo, tem sido negativamente marcado pela destruição dos recursos florestais.
A Lunda-Norte é uma das províncias do país onde o fenómeno das queimadas, praticado pelas comunidades rurais, principalmente na época seca, é frequente, com o pretexto de facilitar a actividade da caça furtiva a preparação de um novo ciclo da campanha agrícola, afirmou Henrique Muandumba.
Apesar da caça e agricultura serem duas das principais actividades económicas e de meios de subsistência das comunidades, Lunda Cokwe, o líder do poder tradicional, defendeu o reforço de medidas de sensibilização junto das populações, com vista ao combate contra os crimes ambientais.
O fenómeno das queimadas tem provocado graves problemas ambientais e com impacto negativo na produção agrícola, pelo facto de afectar a qualidade dos solos, assim como a migração das espécies animais, afirmou, o soba.
Os representantes do poder tradicional têm envidado esforços no sentido de se alterar o quadro, aconselhando as populações residentes nas zonas rurais para que não realizem constantemente as queimadas, afirmou Henrique Muandumba.
A caça, conforme, referiu, obedece às regras e esteve sempre sujeitas a mecanismos de controlo, entre as quais, a delimitação do espaço para a devida exploração por parte das comunidades.
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