Perante a escassez de mão de obra e o desafio de criar habitação, o setor de construção está a contratar mais trabalhadores e a pagar melhores salários. É isso mesmo que sugerem os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, (INE): a remuneração média bruta na construção aumentou 6,9% em setembro face ao período homólogo, enquanto o número de trabalhadores cresceu 6,5%. Também no ramo imobiliário houve aumento de salários e de pessoal, embora de menor dimensão.
No universo da construção em Portugal trabalhavam 367 mil pessoas até setembro, mais 6,5% do que no mesmo período do ano passado. Este reforço de recursos humanos é importante numa altura em que há falta de mão de obra especializada neste ramo e estão em marcha várias políticas públicas de construção e reabilitação de casas. Ainda assim, a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) estima que o setor precisa de mais 80 mil profissionais.
O que os dados do INE também mostram é que as empresas de construção também têm tentado atrair trabalhadores mediante aumentos salariais: a remuneração média bruta na construção cresceu 6,9% neste período, fixando-se em 1.219 euros mensais. Trata-se do quarto maior aumento no conjunto de atividades económicas, superando mesmo o aumento do salário médio nacional (+6,1%), revela o boletim publicado esta quinta-feira, dia 14 de novembro.
No que toca às atividades imobiliárias, também houve um reforço de pessoal no último ano, embora de menor dimensão (+5,3%), passando a haver 60 mil trabalhadores em setembro. E os salários médios brutos também aumentaram 5% para quem trabalha no imobiliário, passando a auferir uma média de 1.320 euros mensais. Ainda assim, esta foi a sétima atividade económica onde as remunerações menos subiram neste período (e está abaixo da média nacional).
Créditos/ Idealista
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