Dado o fim dos vistos gold para investimento imobiliário e do término do antigo regime de Residentes Não Habituais (RNH) em Portugal, hoje, os estrangeiros têm menos incentivos para comprar casas naquele país.
E estas alterações fiscais continuam a refletir-se no número de casas vendidas: os estrangeiros que vivem fora da União Europeia (UE), compraram 1.222 habitações entre abril e junho deste ano, menos 10% face ao ano anterior.
Desta feita, foram vendidas 37.125 habitações em Portugal no segundo trimestre de 2024, mais 10,4% face ao período do ano passado, sendo este o primeiro crescimento das transações em dois anos.
E a esmagadora maioria destas casas foi comprada por cidadãos residentes em território nacional (93% do total), ganhando terreno aos compradores estrangeiros. Só nestas transações protagonizadas por portugueses movimentou-se cerca de 7 mil milhões de euros, quase 90% do total.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que enquanto a compra de casas pelos portugueses (e outros residentes no país) subiu 11,5% em termos homólogos, a venda de casas a estrangeiros caiu 2,8% entre estes dois momentos, para um total de 2.464 habitações. Esta tendência já tinha sido sentida no início do ano.
Compradores que vivem na União Europeia: foram transacionadas 1.242 casas, mais 5,8% transações do que no mesmo trimestre do ano passado. Este foi o primeiro aumento homólogo desde o verão de 2022. A venda de casas a estas famílias europeias movimentou 365 milhões de euros (+4,6%);
Compradores que vivem fora da UE (restantes países): registaram-se 1.222 casas vendidas e uma redução, relativamente ao mesmo período do ano anterior, de 10,2% no número de transações. Esta descida refletiu-se no investimento estrangeiro em habitação que caiu 3,3% entre esses dois momentos para 505 milhões de euros.
Fonte: Idealista News.
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